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domingo, 30 de janeiro de 2011

VOVÔ BASTIÃO (o nosso querido "minha frô")

Vou contar uma das tantas que o vovô "Bastião", conhecido pelos amigos de "Minha Frô" (era assim que ele se dirigia às mulheres, principalmente as bonitonas), aprontava.
Meu avô era um homem alto, magro, andava sempre de chapéu Ramenzonni XXX, roupas e sapatos no estilo social, enfim elegante.
Morava em uma pequena cidade do interior,   em um pequeno sítio nos arredores da pequena Santo Antônio do Pinhal.
Meu avô era uma figura carimbada, trabalhava bastante, mas aprontava outro tanto bom. Depois da roça ia prá venda, encontrava os amigos, tomava umas cachaças, comia uns tira-gosto, e depois já meio "lagartiado",  chamava os companheiros e voltavam  prá casa.
Desta feita, vinham cantarolando, contando piadas, "causo de assombração", enfim se divertindo.
Chovia muito e o rio que separava a casa da estrada começou a se encher e acabou cobrindo a ponte, e aí ficou "difici", cumé que eu vou atravessar dizia ele, e os amigos, da onça, claro, disseram:
_ Bastíão é "faci", ocê grita prá Cândia (minhá querida vózinha), prá ela trazê a bacia e um quarque coisa procê remá uai!
E não é que o vovô caiu na conversa.
Ele gritava:
_ Cândia! Trás a bacia ! Ela coitada, prá acabar com a gritaria levou a bacia até a beira do rio, que era estreito, graças a Deus, e jogou-a  para o outro lado já prevendo a "M" que ia acontecer.
Dito e feito, ele embarcou na bacia, crente que ia atravessar, e é claro começou a afundar e caiu na água. Sorte que tinha filhos fortes e bons nadadores, que pularam na água e salvaram o querido náufrago.
Agora oceis carcule bem o tanto que ele xingou  os amigos que rolavam de rir do outro lado do rio.
Eh vovô "Bastião"! Que Deus o tenha (deve estar aprontando no céu).
Pronto falei!

MEU FILHO

Um dia, cansada de ser sozinha, pedi a Deus que me desse de presente alguém que mudasse tudo em minha vida.
Eu, conversando com Deus, disse a Ele :
Senhor! Quero alguém a quem eu possa amar apaixonadamente, incondicionalmente, loucamente, sem nem uma dúvida sequer a respeito da legitimidade desse amor.
Senhor! Quero que seja alguém, por quem eu queira dar tudo de bom que exista em mim.
Alguém  por quem eu queira dar a minha própria vida, se for preciso.
Alguém que me faça esquecer de todas as minha vaidades, de todas as minhas futilidades, mas me faça sonhar e lutar a cada dia mais. Alguém que faça a vida valer a pena.
Alguém que me faça esquecer de todas as minhas mágoas,  que me faça esquecer de todos os erros  da  minha estrada e faça renascer em mim sonhos e ilusões que fui perdendo ao longo da vida.
Senhor! Eu preciso que essa pessoa, amanheça sempre ao meu lado, e contemple comigo o nascer e o por-do-sol. Que acredite em mim e no meu amor por ela, sem sombra de dúvida, e que me ame da mesma forma. Eu preciso de alguém que ilumine a minha vida quando o sol for embora. Que segure em minhas mãos, olhe em meus olhos, mesmo depois que eu for bem velhinha e me diga: Mãe eu te amo!

Senhor! Que  esse grande amor que Lhe peço, continue aqui, depois de mim, lembrando  que eu estive  por aqui,  que ele ponha em prática o que lhe ensinei, e ensine aos seus filhos o que aprendeu comigo, e que conte para eles que um filho é o maior tesouro que uma mãe pode ter na vida.
 Deus na Sua bondade infinita, me deu você, meu filho amado, querido, único, maravilhoso, luz que ilumina a minha vida.
Obrigado meu Deus! Agradeço de todo meu coração por essa benção, e como toda mãe pidoncha, tenho mais um pedido:
Senhor!  Peço-Te humildemente, que conceda ao meu filho, uma vida longa, cheia de saúde alegria, inteligência, bondade e muita paz , e a  mim  também, para que eu possa fazer dele um grande homem. 
Obrigado Meu Deus!
Pronto falei.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eram somente três pãezinhos... Porque?

Eu era ainda criança  quando viemos do interior de Minas Gerais, para uma outra cidadezinha no interior de São Paulo.
Éramos seis, sendo meu pai, minha mãe e quatro filhos pequenos. Não éramos ricos nem pobres,  tínhamos casa, comida, enfim o suficiente.
Meu pai sempre foi um homem de pulso firme, bastava um olhar dele para que entendêssemos que algo não
estava de acordo. Ninguém discutia uma ordem, nem um "piu" se ouvia. Minha mãe,  era durona,  também, vez em quando dava um "cola brinco" em um, em outro, mas, como toda mãe logo vinha e agradava.
Tinha uma cena que fazia parte do nosso cotidiano, mas naquela época, achávamos perfeitamente normal, contudo, hoje quando olho pra trás e fico recordando o passado, me pergunto: Porque três pãezinhos? Dava pra ser seis! Porque três?
Meu pai chamava meu irmão mais velho e lhe dizia:
_ Vá na venda do Tião e traga três pães!
Meu irmão, sem contestar, ia e logo voltava com três pães envoltos naquele papel de seda beje, sendo dois em baixo e um em cima, com dois nozinhos em cada ponta do papel. Chegando em casa colocava os pães sobre a mesa, meu pai cortava cada um ao meio e cada um de nós comia a sua metade. Eu e minha irmã, sentávamos na porta da cozinha com uma canequinha (verde esmaltada) na mão e íamos comendo aquela metade do pão com café como se fosse a coisa mais gostosa do mundo. E todo dia era assim.
Hoje, muito tempo se passou, mas esta cena nunca se apagou de minha mente, é impressionante, mas toda vez que jogo aquele pão velho, meio duro no lixo, me lembro e repito pra mim mesma: Eram somente três pãezinhos!
Pronto falei!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

TERRORISMO ADOLESCENTE

Meu filho está adolescente, e é uma briga de foice no escuro, cada dia uma novidade. Outro dia só usava preto,
dizia que jamais usaria outra roupa, e eu como toda mãe trouxa, acreditava e até sofria. Muito bem o "jamais"
durou uns seis meses e o "rapasinho" começou usar calça color e cabelo comprido e chapinha todo dia e eu
blá, blá, blá. Mais uns seis meses e a coitada da calça vermelha, nova ainda, foi esquecida no fundo do guarda-roupa.
Atualmente meu lindinho não tira mais suas bermudas, isso porque há bem pouco tempo, nem com "reza braba" eu conseguia faze-lo usa-las, pois o "mocinho" dizia que jamais usaria uma.
Atenção srs. pais, não se desesperem, pois nossos "mocinhos" mudam de idéia a cada cinco minutos.
 Freud explica. Pronto falei.

DESCASO DE MÉDICOS

Outro dia fui levar meu filho ao médico e acabei ficando muito  "p" da vida.
A consulta estava marcada para as 9:00 hs, chegamos fizemos o "login" com a secretária, e segundo orientação da mesma ficamos aguardando. Amigos o tempo foi passando e nada de sermos chamados. Então fui até  a secretária perguntei quanto tempo ainda teria que esperar, quantos ainda haviam na nossa frente, e ela disse toda sorridente (como se estivesse se divertindo ou talvez se sentido constrangida, quem sabe?), uma hora mais
ou menos, pois tem 17 na frente. Meu Deus eu briguei com meu filho porque ele estava se arrumando muito , sai de casa bicuda e mal humorada porque  achei que poderiamos chegar um pouco atrasados, e agora tinha 17 na nossa frente, que ódio. Ah! um detalhe interessante, notei que havia uma tabuleta sobre o balcão escrito o seguinte: "AQUI VOCÊ FALA COM O DONO" (note-se que estávamos no consultório particular da pessoa, e não era SUS, ERA CONVÊNIO. Depois de uma longa espera (duas horas e quarenta minutos) fomos chamados. Entramos e fomos recebidos por um sujeito de cara amarrada e poucas palavras. Falei o motivo de estarmos ali e ele disse: senta lá vou examinar, o cara era irmão do The Flash, não levou nem 5 minutos. Voltamos para a mesa e eu disse algo sobre o retorno, (voltamos depois do tempo que o the flash havia estabelecido) e ele foi de uma grosseria a toda prova. Então eu me senti no direito de devolver o coiçe .  Esperamos duas horas e quarenta, e ele atendeu, examinou, receitou e nos expulsou praticamente da sala em dez minutos (bom esse cara né?)
Agora vejam, como podemos confiar nos médicos se eles adotam esse tipo de postura. Achei uma tremenda falta de respeito e sei que isso é rotina em muitos consultórios. Difícil é acharmos um médico que olha pra você e te enxerga como um igual.
Vendo uma reportagem sobre a tragédia que se abateu sobre o estado do RJ, observei um veterinário que chorava por não conseguir atender um animal e imediatamente fiz uma triste comparação: Os veterinários tratam seus paciente com tanto amor e carinho, enquanto os médicos nos tratam em seus consultórios , como  cães sarnentos (não desmerecendo os cães). Acho que os médicos deveriam observar um veterinário atendendo seus paciente e aprender alguma coisa com eles. 
Humanizar o atendimento esta é a palavra chave. Pronto falei.
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